Para quê pesquisar, estudar, esfalfar-se por meses e até anos em cima de um livro, se muitas pessoas acham que ser escritor não é uma profissão "de verdade", que escrever historinhas é "tão fácil", que pagar 30 reais por um livro é absurdo, caro demais - sem nem imaginar que desses 30 reais o autor recebe por volta de 2 reais, e olhe lá!
Nesses momentos, eu, que não tenho outra profissão - sou escritora e ponto final, dependo das vendas dos livros para viver - começo a imaginar alguma nova forma de sobreviver, aos 59 anos, tendo sido autora por 29 desses anos... E, quando menos espero, recebo uma resenha de livro que me faz ter, de novo, confiança na profissão. Vontade de escrever mais. De não parar nunca!
Foi o que me aconteceu, ontem, ao receber a opinião do jovem Rafael Alves, blogueiro que escreve para o site "Pela Toca do Coelho", sobre meu livro Pão Feito em Casa...
Com a palavra, o blogueiro Rafael:
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Pão
feito em casa é um livro incrível. Juro. Eu geralmente gosto da maioria
dos livros, mas esse é um daqueles livros que me comovem de uma forma
encantadora e que faz apegar-me aos personagens. Os personagens têm
personalidades que a principio você pensa serem frágeis por conta dos
acontecimentos ocorridos com eles e as dificuldades enfrentadas no
dia-a-dia, entretanto, ao decorrer do livro você percebe que na verdade
eles são mais fortes do que sequer imaginam. E eles descobrem essa força
a partir do momento em que ela flui com o passar da história, assim
como o amor, a afeição, a coragem e a lealdade. Inicialmente, os
personagens são reservados e muito conservados e a autora trabalha muito
bem o desenvolvimento deles, originando a metáfora do pão. Eu me
encantei com isso. A ideia de que os personagens crescem em todos os
aspectos como um pão feito em casa... Isso é genial. Digo, pense que
você tem todos os ingredientes e aos poucos você os mistura e os prepara
bem. Os personagens são assim, você tem o Tob, Ric e Ari (ai, como eu
amo esse trio ♥)
e os juntam com a senhora Cármina, que tem uma forte índole. Sendo
assim, eles vão vivenciando diversas situações juntos das quais, sem que
quisessem e como bem é a reação química entre os ingredientes, eles se
unem. Há uma parte do livro da qual eles passam por uma terapia, a de
socar a massa do pão, e eles descontam é a raiva deles no pão. Eles
demonstram toda a amargura e sentimentos reprimidos dentro deles nesse
momento e os liberam, os deixam ir. Assim como você sova o pão quando o
soca para que a massa fique bem macia depois, pois você alivia e
desenvolve todo o glúten ali reprimido. O ápice do livro é o ápice do
pão. Quando o pão fica no ponto, nossos personagens tomam a corajosa
atitude de enfrentar os bandidos, o porquê disso? Isso é narrado ao
final. Porque eles se importam o suficiente para proteger uns aos
outros, porque eles se desfizeram de toda a amargura e se entregaram ao
amor e afeto. Assim como um pão preparado com carinho e feito no ponto. É
um livro educativo, instrutivo e cheio de valores e lições. Três
jovens, uma receita e alguns segredos me ensinaram como o amor pode
surgir dos momentos mais difíceis. E eu sou muito grato por ter uma obra
como essa na minha prateleira.
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Para saber mais sobre esse livro, clique em:
http://rosanariosliterature.blogspot.com.br/2012/12/pao-feito-em-casa-homemade-bread.html
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