Poesia é, na verdade, uma coisa esquisita. Inútil. Montes de palavras que a gente recita, às vezes com rima, outras vezes sem. Às vezes com sílabas contadinhas, outras vezes em frases aleatórias... Frases que não ensinam nada, não passam informação nenhuma - mas que a gente aprende, repete e coloca em canções, quem sabe até em postagens nas redes sociais.
Para que serve a Poesia, afinal?
Gênero literário que vem dos primórdios da nossa trajetória neste planeta, a Poesia acompanha os seres humanos desde sempre - em mitos, em épicos, em contos do folcore, em parlendas, em letras de música...
Talvez sirva para mexer com os nossos sentimentos, ou para semear ideiazinhas nas nossas cabeças.
Pois, mesmo que os poemas não nos digam nada racionalmente, vão direto ao coração e lá fazem morada!
Quando criança eu li Cecília Meireles e me encantei. Depois conheci Bandeira, Drummond, Pessoa, Florbela Espanca, o maravilhoso Manoel de Barros. Hoje leio também os textos belíssimos de José Paulo Paes, Leo Cunha, Roseana Murray... São tantos os nossos poetas!
Até eu não resisti a poetar e me meti a publicar poeminhas nos livros "Cheiro de Chuva", "Palavras Mágicas" e "Palavras Despalavradas". Nunca chegarei ao nível de um Manoel ou de uma Roseana, é claro! Mas descobri que, em momentos difíceis, criar um poema é tudo de bom. Descansa a alma.
E, quando a gente não consegue poetar, faz bem ao coração ler algo desses mestres da palavra!
Então, quando me perguntam "Para que serve a Poesia, afinal?", eu respondo:
Serve para ajudar a gente a sonhar.
Porque, sem sonhos, de que vale a vida?
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