sábado, 10 de novembro de 2007

Porto Alegre, Feira de Livros, Passeios, Autores...

Ir para Porto Alegre é fácil: sair de lá é que é difícil! E não estou me referindo apenas ao pesadelo que foi enfrentar atrasos em aeroportos e o caos em Congonhas e Guarulhos. O difícil é deixar aquela terra saborosa e cheia de amigos!

Fui este ano pela primeira vez à Feira do Livro de Porto, que acontece a céu aberto na Praça da Alfândega. Essa feira tem 53 anos, é só um ano mais velha que eu, e a experiência gaúcha em fazer esse tipo de evento se mostra nos detalhes. Livros que não acabam mais, crianças e jovens lotando as ruas e os galpões do Cais do Porto, onde se localizam as editoras de obras infantis e juvenis. Organização à toda prova, e autores de todos os cantos desse Brasil.

Tive a alegria de reencontrar e bater longos papos com escritores amigos de longa data, como Regina Drummond, Anna Cláudia Ramos, Ricardo Azevedo, Caio Ritter, Wagner Costa... e conhecer novos amigos, como os autores Hermes Bernardi Jr., Lenice Gomes e a cara Ieda de Oliveira, dona de um alto astral que me contagiou! Sem esquecer o reencontro com as amigonas Elaine Maritza e Nóia (só por telefone, mas deu pra matar as saudades da Nóia!). E falta ainda mencionar o pessoal da Ed. Ática-Scipione com quem estive: o Volnei, o Guerra, o Marcelo, a Adriana...

Como minhas idas ao Rio Grande do Sul, apesar de freqüentes, são corridas pelos apertados horários de trabalho, foi só desta vez que minha visão de Porto Alegre conseguiu se ampliar um pouco: agora não conheço mais apenas o aeroporto e o hotel!

Ciceroneada pela Regina, passei pela Bela Vista e conheci as igrejas de Santa Terezinha e a Catedral; vi o verde da Redenção e do Parcão; entrei no delicioso Teatro São Pedro e andei pelo Brique. Em companhia da Ieda, visitei o Mercado Municipal; e trocando idéias com a Lenice fiz o passeio de barco pelo rio Guaíba... Com o jovem Tiago, jogador de RPG e editor da Revista Digital Nível Épico, fui conhecer a Casa de Cultura Mário Quintana. O tempo colaborou e o calor se fez espantoso, com um céu azul de estarrecer e um sol de ferver a água do chimarrão.

Após as palestras e entrevistas, nos dias seguintes pude ir a Canoas, visitar colégios e autografar livros para crianças, além de visitar Lajeado e a Feira do Livro de Estrela, cidade acolhedora onde tive a alegria de conhecer o grande escritor Moacyr Scliar, com quem fiz a viagem de volta a Porto Alegre. Inesquecível a simpatia e a generosidade desse imortal (afinal, pertence à ABL!), que me contou histórias curiosas e peculiaridades de Porto Alegre e seu povo. Além de autografar um livro para mim, é claro!

De volta a São Paulo, já estou com saudades do churrasco e do calor daquela terra. Sei que já peguei muita chuva e frio de 0 graus por lá, mas o calor humano compensa, e muito, os eventuais invernos.

domingo, 4 de novembro de 2007

Loyola, São Luís, Livros e Bienais

Anteontem, no Caderno 2 do Estadão, o escritor Ignácio de Loyola Brandão – um dos sujeitos mais lúcidos que escrevem nestes nossos dias – publicou uma crônica falando sobre a 1ª Feira de Livros de São Luís. Acho todas as crônicas do Loyola saborosas e enriquecedoras para a alma; mas nesta, em particular, apreciei as palavras que descrevem São Luís e sua feira.

Estive em São Luís há dez anos, lançando meu livro Onde foi parar a luz da manhã?

Como Loyola, eu me extasiei com a beleza da cidade e a avidez por leitura do público ludovicense (mais uma que eu aprendo !) E não posso deixar de citar as palavras do cronista: São Luís é Patrimônio Histórico e o povo carinhoso recebeu com afeto os escritores e compareceu com entusiasmo à feira, muito bem localizada. Os maranhenses escolheram um lugar acessível a todos, bem servido por linhas de ônibus, diferente de São Paulo e do Rio de Janeiro. Também diferente foi a gratuidade. Ali não se pagou para entrar e ver livros, esse hábito detestável da bienal paulista.

Acertou na mosca o simpaticíssimo autor de Não verás país nenhum, livro que relançou há pouco e no qual tive a alegria de receber o autógrafo do autor. Está na hora de os profissionais da área questionarem a cobrança de ingresso ao que deveria ser uma grande festa de livros e público, mas que os caros ingressos – e os abusivos preços de estacionamento – tornam acessível apenas a uma parcela mínima do povo paulistano. Não se justifica cobrar para que se entre num pavilhão e se olhe vitrines e prateleiras lotadas de livros, tendo gastado com a entrada o que poderia ser dispendido com as leituras. Aí está o exemplo de São Luís, divulgado pelo Loyola, de que é viável, sim, fazer-se uma grande feira com o ingresso liberado a todos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Vou pra Porto, bah, tri-legal!

Meu livro HQs, quando a ficção invade a realidade será lançado dia 7 de novembro, quarta-feira, na Feira do Livro de Porto Alegre.
O horário é 16 horas, no espaço das editoras Ática-Scipione.

Porto Alegre é uma cidade linda. Chegar lá de avião e sobrevoar
o Guaíba é uma delícia... Em Porto já morri de frio, com 0 graus e
manhãs enevoadas lembrando o fog de Londres.
Mas, com frio ou sem frio, a cidade é surpreendente
e o povo é extremamente caloroso. Tenho amigos queridos por lá!
Espero rever todos e matar as saudades do povo do chimarrão...